No Dia Mundial da Alimentação cabe avaliar a expressão “alimentação saudável”.


A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a manutenção estável do peso, para reduzir o risco de doenças cardiovasculares, obesidade, câncer, diabetes, entre outras. Para tanto, é importante o respeito às necessidades nutricionais de cada pessoa, definidas por fatores individuais, como altura, idade, gênero e gasto energético diário, afetado pelas atividades cotidianas e pelo exercício físico.


Em complemento, a OMS dá outras dicas importantes:
▪ Limitar a ingestão de gorduras, preferindo as insaturadas: assunto que vem sendo discutido por aqui.
▪ Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes: fontes de minerais, vitaminas, fibras e de diferentes substâncias com alegações funcionais.
▪ Aumentar o consumo de cereais integrais e frutas secas: seus altos teores de fibras favorecem o trânsito intestinal e a redução das taxas de glicose e colesterol sanguíneos.
▪ Limitar o consumo de açúcares livres, de qualquer tipo (refinado, cristal, demerara, mascavo) por sua rápida absorção, em especial quando consumidos em refeições pobres em fibras.
▪ Limitar o consumo de sal: seu teor de sódio pode contribuir para a hipertensão arterial, assunto recentemente discutido por aqui.
▪ Utilizar o sal iodado: o solo brasileiro é pobre em iodo, mineral importante para o adequado funcionamento da glândula tireoide.

A alimentação saudável deve respeitar os hábitos alimentares, garantindo que contribua não apenas para a saúde, mas também traga prazer e a sensação de conforto que aqueles pratos consumidos na infância carregam consigo. Ressalte-se que a associação do arroz com o feijão, base da alimentação do brasileiro, se traduz em uma combinação muito nutritiva, que deve ser preservada e incentivada.

É frequente nas mídias a supervalorização de alimentos, em geral estranhos à nossa cultura, tratando-os como alimento saudável. Trata-se de um grande equívoco, pois não existe alimento saudável, mas uma alimentação saudável, composta pela diversidade de alimentos, já arraigada aos nossos hábitos: cereais e suas farinhas
(arroz, trigo, milho, aveia); leguminosas (feijões, grão de bico, lentilha, ervilha seca); carnes em geral; ovos; leite e seus derivados; frutas frescas, secas e oleaginosas (nozes, castanhas etc.); verduras e legumes.

Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da OMS, incluem como parte da alimentação saudável a aquisição de alimentos provenientes de sistemas sustentáveis de produção, em especial de pequenos produtores, favorecendo uma remuneração justa a eles e a redução o desperdício de alimentos nas residências, adquirindo-os em quantidades moderadas para consumo breve.

Portanto, a alimentação saudável vai muito além da recomendação do consumo de um alimento específico ou de nutrientes isolados, mas de um olhar ampliado, não apenas à composição da refeição, que deve ser colorida e diversificada, mas também ao ambiente alimentar e à origem dos alimentos que adquirimos.

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