A alimentação é um dos fatores relacionados ao surgimento das doenças que acometem o coração e o cérebro. Alimentos ricos em gordura podem aumentar o risco para o surgimento destas doenças.


A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que seja até 30% da quantidade total de energia que precisamos ingerir por dia seja proveniente de gorduras. Por exemplo, se a necessidade for de 2000 kcal/dia, a ingestão de energia proveniente das gorduras deve ser de até 600 kcal/dia ou aproximadamente 67g. Quando o consumo de gorduras é excessivo, pode prejudicar a saúde, mas tipos específicos de gordura podem ser mais prejudiciais do que outros.

As gorduras saturadas, devido à sua composição química, conferem mais efeitos negativos à saúde cardiovascular em relação às gorduras insaturadas, mais presentes nas gorduras de origem vegetal

A OMS recomenda que a quantidade máxima de gordura saturada consumida por dia seja de até 10% da quantidade total de energia ingerida. Assim, na dieta de 2000 kcal, 200 kcal podem ser de gordura saturada, o que representa 22g daquelas 67g que gordura total que podemos consumir no dia.

A gordura saturada é encontrada principalmente em alimentos de origem animal. A escolha correta de alimentos ajuda nesta equação, uma vez que a quantidade dela nos alimentos varia muito: enquanto 100g de alcatra grelhada tem 5,1g de gordura saturada, o filé de frango grelhado tem 2,46g.

A Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos (TBCA) contribui para visualizar melhor alguns alimentos e seus teores em gorduras saturadas. Uma colher de sobremesa rasa (11g) de banha de porco tem 4,31g de gordura saturada; uma colher de sopa (8mL) de óleo de soja tem 1,22g; um bife de contra-filé (100g), sem óleo e sem gordura aparente, tem 4,3g; uma fatia média (20g) de queijo muçarela tem 2,73g.

Podemos consumir esses alimentos? Claro que sim, desde que estejam dentro da recomendação proposta. Portanto, não se trata de restrição, mas de adequação, e um nutricionista pode ajudar a definir a melhor proposta de alimentação para cada indivíduo.

Óleo de coco e saúde cardiovascular

O óleo de coco ganhou muita notoriedade nos últimos anos, principalmente, pela ideia de que ele poderia melhorar os níveis de colesterol no sangue. Além disso, existe um grande apelo para o uso do óleo de coco para emagrecer.

Na verdade, o óleo de coco apresenta em sua composição lipídeos de cadeia média, em especial o ácido láurico (cerca de 50%) e, em sua maioria, os lipídeos do óleo de coco são saturados. Estudos científicos apontam associação do consumo deste óleo com o aumento dos níveis da LDL, o “mau colesterol”, reforçando o efeito negativo à saúde.

Fique atento aos mitos sobre os alimentos. O óleo de coco não é melhor para a saúde cardiovascular que outros óleos vegetais, ricos em gorduras poliinsaturadas. Assim como as demais gorduras, consuma-o com moderação, considerando as recomendações da OMS que apresentamos acima.

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