Por: AliMENTE para Alimentos na Palma da Mão

O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento devido à presença de
sintomas como desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade. É caracterizado por
dificuldade de concentração, distração, inquietação, impulsividade, fala excessiva,
impaciência e perturbação do ambiente ao redor. É comumente diagnosticado na
infância, mas pode persistir na idade adulta, com erros diagnósticos que dificultam o
tratamento adequado.


Os tratamentos convencionais são psicoterapia e farmacoterapia, que tem
efeitos promissores em um curto período de tempo. Entretanto, o tratamento
medicamentoso é mais difícil, por seus inúmeros efeitos colaterais: aumento da
pressão arterial, arritmias cardíacas, redução do apetite, problemas para dormir,
além do próprio aumento dos sintomas característicos do TDAH. Sendo assim,
outras formas de tratamento vêm sendo estudadas, incluindo intervenções
nutricionais.


A busca por estudos recentes revelou que padrões alimentares saudáveis,
caracterizados por ingestão significativa de frutas, vegetais e peixe, estão
relacionados com um menor risco de desenvolvimento do TDAH. Já dietas típicas
do Ocidente, que incluem elevada ingestão de carne vermelha, carne processada,
gorduras de origem animal e sal, estão associadas a um aumento do risco de
desenvolver TDAH. Além disso, alimentos “junk food”, como doces, bebidas
açucaradas, lanches, sorvetes e fast food também podem agravar os sintomas de
hiperatividade, falta de atenção e impulsividade. Assim, uma dieta rica em frutas e
vegetais pode proteger do TDAH, enquanto aquela com muito açúcar refinado e
gordura saturada aumenta o risco.

Um estudo analisou a suplementação de ômega-3 em indivíduos com TDAH
e demonstrou melhoras modestas nos sintomas como agitação, irritabilidade e falta
de atenção, entretanto deixa claro que mais estudos são necessários para analisar
a dietoterapia adequada para esses casos.

Referências

Chang JP, Su KP, Mondelli V, Pariante CM. Omega-3 Polyunsaturated Fatty Acids in
Youths with Attention Deficit Hyperactivity Disorder: a Systematic Review and Meta-
Analysis of Clinical Trials and Biological Studies. Neuropsychopharmacology.
2018;43(3):534-545. doi:10.1038/npp.2017.160
Hawkey, E., & Nigg, J. T. (2014). Omega-3 fatty acid and ADHD: blood level analysis
and meta-analytic extension of supplementation trials. Clinical psychology review,
34(6), 496–505. https://doi.org/10.1016/j.cpr.2014.05.005
RUF, Alea et al. Microtemporal Dynamics of Dietary Intake, Physical Activity, and
Impulsivity in Adult Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder: Ecological Momentary
Assessment Study Within Nutritional Psychiatry. JMIR Mental Health, v. 10, n. 1, p.
e46550, 2023.
‌YULANTARI, Ni Luh Ayu Putu Indah; KUSUMA, I. Gusti Putu Martha. High Sugar
Intake Increases ADHD Symptoms: A Literature Study. International Journal of
Public Health Excellence (IJPHE), v. 3, n. 1, p. 124-127, 2023.

Siga nos nas redes sociais:
Follow by Email
Instagram
YouTube
Instagram