Por: AliMENTE para Alimentos na Palma da Mão

A ansiedade, na perspectiva neurocientífica, é vista como uma resposta
inadequada ao medo, sendo o medo uma reação adaptativa a ameaças reais,
desencadeando a reação de luta ou fuga. O estresse, por sua vez, surge em situações
de perigo ou ameaça e é ele que pode afetar o apetite dos seres humanos.

A emoção ansiedade ocorre quando a sensação de perigo é percebida, mesmo
sem uma ameaça evidente, e pode se tornar um distúrbio mental quando é intensa e
prejudica a qualidade de vida. Vários estímulos podem desencadear transtornos de
ansiedade, que estão classificados no DSM-V e CID-11.

Globalmente, 10% a 14% da população tem algum transtorno de ansiedade,
sendo que 1 em cada 3 crianças e adolescentes experimentará transtornos de
ansiedade. O Brasil lidera os índices de ansiedade na América Latina, com fatores
como violência, insegurança econômica e uso excessivo de dispositivos eletrônicos
contribuindo para isso.

O tratamento envolve terapia cognitivo-comportamental e, em alguns casos,
medicamentos. Cuidados adicionais, como alimentação adequada, atividade física,
lazer e interações sociais podem complementar o tratamento.

A alimentação desempenha um papel importante nos transtornos de
ansiedade. Padrões alimentares saudáveis, como a Mediterrânea e vegetariana, têm
sido associados a menores níveis de estresse e ansiedade. O padrão alimentar
Ocidental, rico em açúcares e gorduras saturadas, aumenta o risco de distúrbios
psicológicos.

Alimentos frescos como frutas, hortaliças e cereais podem melhorar o humor,
por conter nutrientes e compostos bioativos em alimentos, enquanto a redução de
alimentos de origem animal e processados reduz a probabilidade de transtornos
mentais. As vitaminas C e B6 desempenham papéis importantes na modulação dos
neurotransmissores relacionados à ansiedade.

Além disso, estudos exploram a relação entre o microbioma intestinal e o
sistema nervoso, sugerindo que um microbioma saudável pode afetar as emoções
positivamente. Os psicobióticos, que modulam o microbioma, podem reduzir o cortisol
e melhorar o humor.

Em resumo, a ansiedade é uma emoção complexa com bases neurobiológicas, e
a alimentação desempenha um papel relevante em sua regulação. Promover a
conscientização sobre a importância da alimentação na saúde mental é crucial para
enfrentar os desafios da ansiedade.

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