O feijão é um alimento popular na mesa dos brasileiros, sendo o consumo médio de feijão de 12,7 kg per capita ao ano. O consumidor apresenta preferências diferentes em função da região do país: nas regiões centro-oeste, sudeste e sul, o feijão-comum (Phaseolus vulgaris L.) é o preferido (feijão preto, carioca e branco são exemplos do feijão comum). Já nas regiões Norte e Nordeste, o feijão- -caupi (Vigna unguiculata L. Walp) é o mais apreciado.
O feijão comum é um grão de excelente valor nutritivo, fonte de proteínas, fibras alimentares e minerais e baixo teor de lipídeos. Para falar do valor nutritivo desta variedade, vamos nos referir a quantidade presente em uma porção de feijão de 120g, representada por uma concha com 50% grão e 50% caldo.
Uma concha de feijão apresenta em média 5,7g de proteína. Apesar do feijão ser deficiente no aminoácido essencial metionina, ao ser consumido com cereais, os quais são ricos nesse mineral, proporcionam uma proteica de bom valor biológico. A combinação mais exaltada é bastante conhecida dos brasileiros: a dupla arroz e feijão. Neste caso, para um bom aproveitamento biológico da proteína destes grãos o consumo deve considerar 2 porções de arroz para 1 de leguminosa.
Outro destaque do valor nutritivo do feijão são os teores e qualidade da fibra alimentar: 8,5g em uma concha. Além da quantidade de fibra destaque para a qualidade, representada por fibras que aumentam o bolo fecal e melhoram o trânsito intestinal, bem como fibras alimentares de caráter viscoso que contribuem para o controle glicêmico e lipidêmico.
E não podemos deixar de mencionar o feijão como fonte de ferro. Uma concha de feijão cozido apresenta 1,7mg deste mineral, contribuindo na prevenção de anemia ferropriva, dado que, no Brasil, a deficiência de ferro é vista como um grande problema.
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