Aparentemente, sim. Nos estudos sobre os benefícios da ingestão frequente de frutas e vegetais há algumas evidências atribuídas a esses alimentos, como ação antioxidante, atuação reguladora da síntese celular e preventiva da despigmentação da pele, entre outras.

Podem ficar tranquilas/os. No fundo, no fundo, a gente já percebeu que todo mundo quer saber se a ingestão de frutas e vegetais tem realmente algum efeito na melhora da aparência ou no retardamento do processo de envelhecimento. Isso porque, embora os tratamentos estéticos e o uso de cosméticos sejam aliados importantes, cristalizou-se a opinião de que de nada adiantam se não forem acompanhados de uma alimentação saudável – com destaque para frutas e vegetais. O que é a mais pura verdade.
“Isso porque, além das fibras, que ajudam no funcionamento intestinal, e das vitaminas e minerais, esses alimentos contêm ainda compostos bioativos, que são substâncias produzidas pelos próprios vegetais para se protegerem de ambientes nocivos – tais como frio, vento ou pragas. Quando os ingerimos, acabamos consumindo essa ‘proteção’”, resume Cinthia Roman Monteiro, nutricionista e docente dos cursos de graduação e pós-graduação do Centro Universitário São Camilo.

O resveratrol, por exemplo, diz ela, é um composto bioativo encontrado nas cascas das uvas vermelhas e vinhos, algumas frutas vermelhas (berries), castanhas (nozes e pistache) e sementes de cacau. “Ele confere benefícios ao organismo pela sua ação antioxidante e anti-inflamatória, protegendo contra várias doenças (cardiovasculares, câncer, doenças neurodegenerativas, diabetes e síndrome metabólica), além de prevenir o aparecimento da acne, produzir múltiplos efeitos sobre a perda da cor da pele (hipopigmentação) e regular o equilíbrio da síntese das células da pele, principalmente no envelhecimento”, elenca Monteiro.

As frutas, verduras e legumes são fontes também de carotenoides, importantes compostos bioativos. Eles representam uma classe de pigmento responsável pelas cores amarela, alaranjada e vermelha das plantas, destacando-se o betacaroteno, a betacriptoxantina, a luteína e o licopeno – os mais presentes na alimentação. “Eles têm atividade pró-vitamina A, indispensável para síntese de novas células, em especial as da pele, além de combaterem o estresse oxidativo por sua ação antioxidante. Por isso, seu uso é bastante disseminado na indústria farmacêutica e cosmética”, revela Monteiro.

A nutricionista cita também os glicosinolatos, grupo de compostos bioativos presentes nas hortaliças conhecidas como crucíferas: repolho, brócolis, rabanete, nabo, mostarda, agrião, couve-flor ou couve-de-bruxelas. “No organismo, eles são convertidos em outras substâncias, como os isotiocianatos, que agem na metabolização de xenobióticos*, importantes na melhora da aparência da tão conhecida ‘celulite’. Sem esquecer os flavonóides, que representam o grupo mais numeroso de compostos presentes nos vegetais, e que têm ação antioxidante, prevenindo o estresse oxidativo e o envelhecimento da pele.”

Ela salienta por fim o papel da vitamina C, presente em frutas como laranja, limão, caju, morango, abacaxi, acerola, goiaba e em legumes como brócolis, couve, tomate e repolho. “A vitamina C age como importante antioxidante no combate às espécies reativas de oxigênio, responsáveis pelo estresse oxidativo e o envelhecimento das células da epiderme e da derme, além de ser indispensável para a síntese de colágeno, proteína de fundamental importância, que dá resistência à pele. Acredita-se, ainda, que a vitamina C diminui o desenvolvimento de doenças da pele. Entretanto, ainda são necessários mais estudos para elucidar com clareza seus mecanismos de ação.”

  • Xenobióticos são substâncias diferentes das encontradas no organismo, tais como agrotóxicos, pesticidas, aditivos, dentre outras que podem ser maléficas, por isso, devem ser metabolizadas e excretadas.

Acesse aqui as referências científicas.

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